Educação pública de qualidade é um direito fundamental, mas, para que se torne realidade, é necessário um olhar sistêmico e integrado, do começo ao fim da Educação Básica. No Brasil, mais da metade das crianças não é alfabetizada na idade certa. Isso significa que muitas delas terão grandes dificuldades ao longo do seu percurso escolar, gerando aumento das taxas de evasão e podendo chegar à idade adulta sem estarem aptas a ler, escrever, fazer cálculos matemáticos simples e interpretar textos com autonomia. Temos convicção de que as Políticas de Alfabetização existentes em grande parte dos estados brasileiros, com promissoras perspectivas de ampliação, serão decisivas para assegurar escolas de qualidade às nossas crianças, que lhes abram portas e deem oportunidades para a realização de seus sonhos.

A parceria tem a equidade racial como elemento central da estratégia, com ações efetivas para a redução das desigualdades. Um dos principais desafios é levantar dados sobre a aprendizagem de crianças negras e indígenas, pois nessa faixa etária a autodeclaração é mais complexa. Por exemplo, a avaliação realizada em 2022 mostrou que a fluência em leitura dessas crianças é menor em comparação à de crianças brancas, mas os dados ainda não apresentam o retrato completo, já que cerca de 42% dos estudantes escutados não forneceram informações sobre raça.